segunda-feira, 10 de agosto de 2009

O lado roqueiro de Michael Jackson




São poucos os textos de não-fãs escritos sobre o Michael que eu aprovo. A maioria vem carregada de críticas e julgamentos duros (mesmo agora, que ele não está mais aqui!).

Mas... tenho encontrado aqui e ali alguns textos interessantes que abordam outros lados do nosso ídolo. Aqui está um, que resolvi copiar e trazer pra cá, na íntegra:




MICHAEL JACKSON TAMBÉM É ROCK


As ligações do astro com o gênero e os guitar heroes por trás de alguns sucessos como "Beat It", "Dirty Diana" e "Give it to Me".


(RAFAEL SARTORI)


Pouco mais de um mês se passou desde a morte de Michael Jackson e todo dia ainda vemos alguma notícia sobre o ídolo. A causa da morte, o destino dos filhos, a dúvida sobre a paternidade biológica, as dívidas, a herança. Mas ouvindo de novo os álbuns do cantor, compositor, dançarino, perfomer - e todos os adjetivos mais que você quiser - lembrei que o Rei do Pop, que começou a carreira no melhor do Funk e do Soul, também tinha suas ligações com o Rock. Não é por acaso que a melhor definição sobre ele é “completo”.

Quando lançou “Thriller”, em 1982, o famoso “álbum mais bem sucedido de todos os tempos”, Michael Jackson e o produtor Quincy Jones conseguiram fazer com que cada faixa do repertório tivesse sua própria identidade. “Beat It” trazia um ‘riff’ inesquecível de guitarra e uma interpretação mais nervosa, além de um solo de guitarra deslumbrante. O solo foi cortesia de Eddie Van Halen e basta ouvi-lo uma vez para não restar a menor dúvida. O interessante sobre essa faixa, no entanto, é a participação em peso do Toto. Steve Lukather, Jeff Porcaro, Steve Porcaro, David Paich e Greg Phillinganes, são os responsáveis pelo instrumental e também gravaram a balada “Human Nature”. E olha que em 1982 o Toto lançava o clássico “Toto IV”, que rendeu seis prêmios Grammy ao grupo e trouxe ‘hits’ como “Rosanna”, “I Won’t Hold You Back” e “Africa”.

O próximo disco, “Bad”, veio somente em 1987. Nele, Michael Jackson já demonstrava uma pegada mais agressiva na própria faixa-título. O destaque do disco, pelo menos para o mundo do Rock, foi a faixa “Dirty Diana” e a participação do guitarrista Steve Stevens. Mais conhecido por acompanhar Billy Idol, Vince Neil entre outros. Stevens acertou no ‘riff’, no timbre, no solo e faz até uma aparição nada discreta (como de costume) no videoclipe, encarando Michael, rodopiando e se jogando no chão. Genial.

Entre “Thriller” e “Bad”, em 1985, o astro reuniu alguns dos maiores artistas da época (alguns continuam sendo até hoje) para cantarem “We are the World” no projeto “USA for Africa”. Pudemos ver e ouvir Steve Perry (Journey), Bob Dylan e Bruce Springsteen representando o Rock e dividindo o microfone com medalhões do Pop. Springsteen, aliás, roubou a cena e foi o que mais recebeu linhas solo.

Outro guitarrista que fez uma parceria bem sucedida com Michael Jackson foi Slash, o eterno ex-Guns n’ Roses. Em “Dangerous”, de 1991, ele gravou o ‘hit’ “Black or White” e a belíssima “Give in to Me”, com um solo inspiradíssimo. Sem dúvida, uma das melhores e mais emocionantes músicas da carreira de Michael.

Em 2001, muita coisa já tinha acontecido na vida pessoal do cantor e as turbulências resultaram no fraco “Invincible”. O convidado aqui foi Carlos Santana, na música “Whatever Happens”, que também não teve grande repercussão. Vale mencionar também a guitarrista Jennifer Batten que, embora não tenha registrado momentos memoráveis como os outros, acompanhou o astro em três turnês.

Michael Jackson tem o poder de unir. Ele consegue congregar artistas, músicos e estilos completamente diferentes e fãs de todas as nacionalidades e idades. “We are the World” é uma prova disso. Toda a comoção com sua morte, e a celebração em torno dele enquanto vivo, porém, são uma prova ainda maior. Por isso que Michael Jackson é único e completo. Fundamental até mesmo para o Rock.

Site: TERRITÓRIO DA MÚSICA:

Fotos:
Michael com Eddie Van Hallen (responsável pela guitarra de "Beat it"), em 83.
Michael com Slash (responsável pela guitarra de "Give in to me"), em 93.

2 comentários:

  1. Só descordo de um ponto...Não vejo o álbum "invincible" como uma coisa fraca ou decadente... É um pouco diferente dos outros... Mas tem músicas bem bonitas e que retratam sua essência em muitas delas... Vendeu 19 mi de cópias... Ninguém em seu auge de sucesso vende isso nos dias atuais...
    Sua digulgação não tão ampla se deu, creio eu, por tudo que aconteceu com a vida pessoal do MJ nesse meio tempo... Acho dificil, com tanta turbulência pessoal, existir cabeça para se focar na divulgação de um cd...
    Mesmo com isso tudo ele vendeu bem... E, pessoalmente, é um disco que eu gosto muito...

    Por fim, e não menos importante, MJ é agregador sim... E EH ROCK'N ROLL!!!!

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  2. Dirty diana,give in to me,beat it,come togheter,entre outras canções do icone pop também contribuiram para q Michael Jackson fosse incluido no generos pop rock,hard rock.

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