quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

FELIZ 2010 A TODOS!


Novo ano, novos rumos no blog e na vida!
Convido a todos que desejarem, a entrarem comigo nessa nova energia nesse ano que se iniciará daqui há pouco!!!
Tenho certeza de que é isso que nosso querido ídolo Michael, lááá de onde está, quer de nós: que sejamos felizes, que aproveitemos a vida, que propaguemos pro mundo sua arte que é única e imortal, assim como sua bela mensagem de amor, que ele mostrou na prática e não apenas nas palavras...
Um grande abraço a todos e...
SEJA BEM VINDO, 2010!!!

SMILE: Michael e Chaplin



JUST SMILE!!!

Retrospectiva... adeus 2009!

Ontem, na retrospectiva da Rede Globo foi dito, sobre MICHAEL JACKSON:

"Morre o homem, nasce o mito!"

Achei lindo... mas ele já era mito antes de morrer!

Lembro que toda vez que alguém era chamado de mito pela imprensa o único que ainda estava vivo fisicamente era Michael. Os demais eram Elvis Presley, Charlie Chaplin, John Lennon, Jimi Hendrix, Janes Joplin, Jim Morrison, Marylin Monroe, Carmem Miranda... todos já tinha ido embora!

Então, se Michael já era UM mito antes de morrer, agora ele é O MITO dos mitos!

Ele parou o Google, levou milhares de pessoas aos cinemas pra assistirem os ensaios dos shows que pretendia fazer, ganhou prêmios, homenagens e tributos póstumos, foi a personalidade mais elogiada, o acontecimento mais marcante, bateu novos récords, foi o maior nome do google, yahoo, twitter, facebook e etc, etc, etc...

Mas... foi um ano triste porque o vazio deixado por Michael jamais será preenchido.

Mesmo assim, quero fazer aqui uma despedida das tristezas, mesmo que elas não possam ir totalmente arracadas de nossos corações como num passo de mágica...

Esta é uma foto que nos traz tristeza porque não pensávamos que isso fosse acontecer tão cedo. Eu sei que Michael vive no plano espiritual... sei que ali está apenas o corpo de carne.

Mas é ali que estão homenagens de fãs, de amigos e familiares. E é com essa foto que digo:
Michael, meu idolo de toda a vida: Siga em PAZ seu caminho de evolução no plano espiritual! Seja feliz! O amor que temos por você é eterno! Não digo adeus a você, mas um "até mais ver" porque acredito que a "morte" é apenas uma passagem pra uma outra vida, é apenas a vida continuando num novo plano existencial. Por isso digo ADEUS sim, mas pra 2009! E pras angústias que ele nos trouxe...

Michael e Lisa - Um Casamento Real (PARTE 3 - última)




As três fotos acima foram tiradas no dia do aniversário de Lisa, em fevereiro de 1998, quando ela e Michael, após jantarem juntos num restaurante, foram flagrados pelos Paparazzi no maior "love" dois anos depois de terem se separado e quando ele já estava casado com Debbie Rowe (ele já era pai de Prince Michael I e Debbie estava grávida de Paris).

Michael ficou muito triste com a separação e ligava pra Lisa, dizia que queria conversar. Não conseguia imaginar como seria sua vida sem ela. Mas ela estava doente e precisa cuidar de si mesma. Michael por fim, mergulho de cabeça no trabalho pra preencher o vazio deixado por Lisa em sua vida.

Lisa nessa época não queria dar entrevistas ou falar de sua vida pessoal. Queria ficar quieta no seu canto, longe de Michael e da mídia.

Mas eles não demoraram a se reaproximar!

Michael se casou com Debbie Rowe em 13 de novembro de 1996 e um dia antes telefonou para Lisa. Ele mesmo queria dar a notícia a ela, não queria que ela ficasse sabendo do fato pela imprensa. Michael ainda amava Lisa. Ele disse a ela: “Não me sinto bem com a forma como nós terminamos, dizendo coisas ruins um pro outro. E agora estou indo em frente, mas realmente não sinto que está tudo bem, não sem a sua bênção”. Sem saber o que responder, ela deu a “bênção”, já que isso era tão importante pra ele.

Lisa, por mais que não quisesse, se interessava ainda em acompanhar os acontecimentos da vida de Michael. Ela e Janet se reaproximaram e passaram a sair juntas. Michael ao saber disso, começou a “interrogar” a irmã pra saber se Lisa falava dele e o que ela falava. Lisa por sua vez, desconfiava que o casamento entre Michael e Debbie era apenas um acordo pra ele ter os filhos que tanto queria.

Michael não resistiu e ligou novamente pra Lisa, pra perguntar a ela se eles podiam pelo menos ser amigos, e confessou a ela: “sempre amei você e detesto como as coisas terminaram entre nós, realmente detesto!”. Lisa disse a ele que a Cientologia ensinava a não guardar rancores, então ela concordou que eles poderiam ser amigos.

Lisa, juntamente com seu casal de filhos, se encontrou com Michael, em Londres em julho, quando ela tinha um compromisso com a Cientologia e ele estava fazendo nos dias 12 e 17 daquele mês, seus shows da HIStoty Tour. Todos se hospedaram na luxuosa suíte de Michael, onde estavam também os pais dele. E seu filhinho, Prince Michael I. Depois ele a convidou pra estar com ele na África do Sul, em outubro.

Como sempre, Michael foi franco com sua esposa Debbie, e disse a ela que Lisa estaria com ele tanto em Londres como na África do Sul. Debbie sabia que Michael não esquecia Lisa e não esperava muito daquele casamento. Ela comentou que Michael tinha uma foto de Lisa ainda criança ao lado de sua cama, à sua cabeceira.

Em outubro, Lisa foi à África do Sul com seus casal de filhos se encontrar novamente com Michael e sua família.

No dia 10 de outubro, Michael se apresentou pra um público de 47 mil pessoas no estádio de Joanesburgo. Lisa passou muito tempo com Michael nos bastidores do show. E ela o viu ensaiar ao lado de Dona Katherine Jackson, que agradeceu a Lisa por ter dado todo o apoio ao Michael durante o período das acusações de pedofilia.

No dia seguinte ao show, Lisa e seus filhos presenciaram a cerimônia formal na qual Michael se tornou cidadão honorário da tribo africana Bafokeng Ka Bakwena (Povo do Crocodilo). Os pais de Michael também receberam essas certificados de cidadania.

Michael caminhou em meio aos nativos de braço dado com Lisa! Naquela tarde, os dois foram esquiar nas águas de um resort sul-africano em Sun City. À noite, jantaram no resort, na companhia da mãe de Michael assistindo a uma apresentação de jovens nativos com roupas tribais.

Em fevereiro de 1998, Michael fez questão de comemorar o aniversário de 30 anos de Lisa junto com ela. Eles chegaram ao restaurante de mãos dadas. Como não tinham feito reservas, o gerente os levou para o seu escritório e serviu bebidas a eles, enquanto eles esperavam desocupar um lugar bem romântico.

Quando já estavam em uma excelente mesa oferecida pelo gerente, Michael pediu um prato com carne de caranguejo e frango assado, e Lisa pediu um prato de legumes cozidos a vapor.




O engraçado é que Michael, naquela noite, não tirou a máscara cirúrgica nem mesmo pra comer! Ele apenas a levantava e passava o garfo ou o copo por baixo dela. Como sobremesa, dividiram um bolo pequeno com uma vela, que Lisa assoprou.

Durante o jantar, Lisa perguntou a Michael como ia seu casamento com Debbie. Michael, que estava no seu quarto copo de vinho tinto disse que estava tudo “ok”, mas que ele sabia perfeitamente o que ele tinha e o que ele não tinha. Disse que queria estar apaixonado e viver de novo o que ele só havia tido com ela (Lisa). Depois de conversarem bastante, Lisa olhou pra ele e disse: “Você tem um coração tão bom, Michael. Mas, cara, me diga uma coisa: por que você tem que ser tão esquisito?” E os dois então caíram na gargalhada.

Depois, eles foram andar na rua vendo vitrine. Michael beijou a cabeça de Lisa e depois eles se abraçaram. Rolou até beijo “na boca” por cima da máscara cirúrgica. Os paparazzi flagraram tudo, as fotos
(as que ilustram este texto, lá no começo) foram para em um tablóide cinco dias depois.

Mais tarde, eles foram de carro até Santa Mônica e caminharam na praia por um tempão, até bem tarde da noite...

Dias depois Michael com os olhos cheios de lágrimas confidenciou a um amigo: “Eu a amo, mais do que qualquer coisa, mais do que qualquer pessoa. Eu ainda amo Lisa. Temos uma ligação muito forte. Essa era minha grande chance, cara. Eu fiz muita besteira. Talvez eu nunca mais tenha outra chance dessas, sabe?”

Lisa certa vez comentou: “Num outro mundo estaríamos juntos. Mas acho que neste não”.

O tempo passou e em 2003 quando ao ar o famigerado documentário de Martin Bashir. Lisa ligou pra Michael assim que viu. Mas Michael não estava. Quando recebeu o recado, de que Lisa estava tentando falar com ele, o coração de Michael saltou no peito. Ele ligou pra ela, e ela disse: “Cara, aquele documentário foi um lixo, onde você estava com a cabeça?” E os dois novamente caíram na risada! Lisa sempre levantava o astral de Michael. Então ela disse: “Ah, foda-se Martin Bashir. Aquele cara nunca mais vai trabalhar, Michael. Quem vai confiar nele? Ele está acabado. Você liquidou com a carreira dele!”. Mas Michael respondeu: “Talvez ele tenha tentado acabar com a minha, Lisa”. E ela: “Ah, tenha dó! É preciso mais que um repórter com merda na cabeça pra acabar com a sua carreira, acredite em mim!”.

Michael, que sempre alimentou esperanças de ter Lisa de volta, havia ligado pra ela no ano anterior (2002) quando seu casamento de três meses com o ator Nicolas Cage terminou. Lisa disse a Michael: “Não se preocupe comigo, é só mais uma tempestade de merda na minha vida. Estou atravessando, cavando um túnel através da porcaria!” Michael teve que rir dela...

Lisa sempre foi franca. Ao dizer “mais uma” tempestade de merda, ela estava deixando claro o que já tinha dito a ele: o casamento deles também tinha sido pra ela uma tempestade de merda... rsrsrs

Lisa naquele mesmo ano, se lançou como cantora e andou dando entrevistas à revistas e programas de TV. Ela sempre deixou claro que NUNCA viu Michael em atitudes suspeitas com menores, assim como sempre ressaltou que seu casamento com ele NÃO era uma farsa como os tablóides sugeriram na época.

Mas ela acabou soltando as “bruxas” e despejando suas antigas mágoas reprimidas através da imprensa. Sim, Lisa falou “mal” de Michael. Ela disse que não o conhecia realmente, que ele teve atitudes que não a agradaram, que ele era manipulador, infantil, idiota. Também revelou que a vida sexual deles foi ótima por um tempo, mas depois esfriou.

Ela chegou a gravar uma música (com clipe e tudo) chamada “Idiot”, em “homenagem” a Michael. No clipe, aparecem duas Lisas. Uma está com um cara, que no meu ver representa Michael. Ela está de roupa clara, é a “boba”, apaixonada, que faz tudo que o cara quer. Ela caminha com ele pela rua. A outra Lisa, de roupa preta, a que está liberta segue o casal. Quando “Michael” se despede dela e a coloca dentro de um táxi, a outra Lisa, entra no mesmo táxi, pelo outro lado e se depara surpresa com ela mesma e ri... como se quisesse acordar a “boba”, ou como se risse de si mesma no tempo em que vivera “enfeitiçada” por Michael. Enfim... ela estava magoada, com raiva, ferida, e desabafou como pôde, como quis.

Mas Michael perdoou tudo isso. Embora ele também tenha ficado magoado com ela por ela não ter lhe dado filhos. Ele queria ter filhos COM ELA. E ela o decepcionou nisso.

Cá pra nós, acho que no fundo, quando nos apaixonamos ficamos meio enfeitiçadas mesmo. Mas isso não é no meu ver, necessariamente uma coisa ruim...

Eu penso o seguinte: ok, Michael tinha seus problemas e instabilidades emocionais. Mas Lisa também tem. Ela já está no seu quarto casamento (agora é mãe de gêmeas)... O primeiro casamento durou cerca de cinco anos, o segundo (com Michael) não chegou a completar dois anos, e com Nicolas Cage durou apenas três meses! Não sei muito sobre o casamento atual de Lisa, mas não se pode prever o quanto o casamento vai durar. Tomara que dure e que ela seja feliz! Mas eu acho que ela tem uma certa dificuldade em aceitar as diferenças, em levar uma vida de casada. Ou será que ela tem é uma tremenda “sorte” de atrair homens problemáticos?!... Sinceramente, acho que eles podem ter seus problemas, mas ela também tem... Bom, pelo menos essa é a impressão que tenho...

Mas Lisa defendeu Michael quando foi chamada como testemunha de defesa, no processo de acusação de pedofilia, entre 2003 e 2005 (leia o texto anterior a este, "Michael Jackson NUNCA foi pedófilo", aqui neste blog).

Quando Michael faleceu, em junho de 2009, Lisa deixou em seu “Myspace” uma carta falando a esse respeito. Aqui está a carta, na íntegra:
"Sexta-feira, junho 26, 2009.

Ele sabia.

Alguns anos atrás Michael e eu estávamos tendo uma conversa profunda sobre a vida em geral.

Eu não consigo lembrar o assunto exato mas ele deve ter questionado sobre as circunstâncias da morte do meu pai.

Em algum ponto ele parou, me encarou intensamente e ele calmamente disse com toda certeza, 'eu acho que vou acabar igual a ele, do jeito que ele fez.'

Na mesma hroa eu tentei demovê-lo desta idéia, ele apenas deu de ombros e acenou como se ele me deixasse saber, ele sabia o que ele sabia.

14 anos depois eu estou aqui sentada olhando as notícias de uma ambulância saindo da casa dele, os altos portões, a multidão lá fora, a cobertura, a multidão no hospital, a causa da morte e o que levou a isso e a lembrança desta conversa chegou a mim assim como as lágrimas que não conseguiam parar.

Um final previsto por ele, pelos que o amavam e por mim, mas o que eu não previ foi o quanto iria doer quando isso realmente acontecesse.

A pessoa que eu falhei em ajudar está sendo transferida agora para o IML de Los Angeles para a autópsia.

Toda a minha indiferença e desapego que eu tentei tanto ter ao longo dos anos se foram para o inferno e agora eu estou arrasada.

Eu vou dizer agora o que eu nunca disse antes porque eu quero a verdade de uma vez por todas.

Nossa relação não foi uma 'farsa' como foi dito pela imprensa. Foi uma relação diferente, sim, onde duas pessoas diferentes que não viviam ou sabiam o que era uma 'vida normal' descobriram uma conexão, talvez com algum timing suspeito da parte dele. Entretanto, eu acredito que ele me amou tanto quanto ele poderia amar alguém e eu o amei muito.

Eu queria ter dito 'salve-o' eu  queria tê-lo salvo do inevitável que foi o que aconteceu.

A família dele e aqueles que o amavam também queriam salvá-lo disso mas não sabiamos como e isso foi 14 anos atrás. Todos nós nos preocupamos que isto viria.

Naquela época, tentando salvá-lo, eu quase me perdi.

Ele era uma força incrivelmente dinâmica e tinha um poder que não poderia ser subestimado.

Quando ele usava isso para o bem, era o melhor e quando ele usava isso para alguma coisa ruim, ele era realmente, realmente mau.

A mediocridade não era um conceito que entraria nas ações ou no jeito de ser de Michael Jackson.

Eu fiquei doente e emociolmente, espiritualmente arrasada nas minhas tentativas de salvá-lo de um certo comportamento de auto destruição e dos vampiros e sanguessugas que ele parecia sempre atrair para perto dele.

Eu estava fora de mim, tentando.

Eu tinha uma criança para tomar conta, eu tinha que tomar uma decisão.

A decisão mais difícil que eu tive que fazer, que foi ir embora e deixá-lo ao seu próprio destino, mesmo embora eu estivesse desesperadamente apaixonada por ele e tentasse parar ou reverter isso.

Depois do divórcio, eu passei alguns anos com obsessão sobre ele e o que eu poderia ter feito diferente, de remorso.

Então, eu passei alguns anos com raiva de toda a situação.

Ao mesmo tempo eu fiquei indiferente, até agora.

Enquanto eu me sento aqui dominada pela tristeza, reflexão e confusão naquela que foi a minha maior falha até agora, olhando as notícias quase passo a passo. O exato cenário que eu vi acontecer no dia 16 de agosto de 1977, acontecer de novo agora com Michael (algo que eu queria nunca mais ver de novo) como ele previu, eu estou muito muito arrasada.

Qualquer experiência ruim ou palavras que eu senti por ele no passado morreu comigo, com ele.

Ele era uma pessoa surpreeendente e eu tive sorte de ter sido próxima dele como eu fui e tido as muitas experiências e anos que tivemos juntos.

Eu sinceramente desejo que ele possa estar livre e aliviado de sua dor, da pressão e do tumulto agora.

Ele merece estar livre de tudo e eu espero que ele esteja num lugar melhor agora.

Eu também espero que qualquer um que sinta que falhou em ajudá-lo possa sentir que ele está livre agora finalmente.

O mundo está em estado de choque mas de alguma forma ele sabia exatamente como seu destino seria mais do que qualquer um de nós, e ele estava certo.

Eu realmente precisava dizer iso agora, obrigada por ouvir.

LMP"

Lisa não esteve presente no funeral/memorial de Michael em 7 de julho, mas esteve em seu enterro em 3 de setembro. Seu marido a acompanhou e foi compreensivo ao vê-la chorar a morte de seu ex-marido. Veja as fotos abaixo (Lisa ficou ao lado de Elizabeth Taylor).



Como o amor vive para sempre, se eles forem mesmo almas gêmeas, algum dia irão se encontrar novamente, numa outra vida, de alguma maneira, ou "nas estrelas"...

Michael Jackson NUNCA foi pedófilo!!!

Corria o ano de 1993 e eu estava ansiosa pela vida de Michael ao Brasil. Ele faria dois shows, um no Rio (ao qual eu iria) e um em São Paulo. Em meio a essa expectativa meu tio materno, que morava na mesma casa que eu, comentou comigo: “Ouvi no rádio que a polícia está investigando o Michael Jackson, ele está sendo acusado de alguma coisa". Eu perguntei o que era, mas ainda não havia sido revelado. Fiquei preocupada e com medo do que os abutres estariam fazendo COM ele...


Enquanto isso, ele estava tranquilamente seguindo com sua turnê. Dias depois, meu tio (que ouvia muito rádio) me disse que Michael estava sendo vítima de extorsão. Isso é interessante, observado dos dias atuais, porque eu não recebi a notícia da acusação de pedofilia, eu fiquei sabendo que Michael estava sendo extorquido. A imprensa séria, no começo, estava do lado dele e me lembro bem que passei a ficar mais atenta à TV por isso. E lembro de ouvir algo assim num dos jornais: “desconfia-se que trata-se de uma tentativa de extorsão”. E em outro: “Michael Jackson ao que tudo indica está sendo vítima de extorsão”.


A essa altura Michael já tinha cancelado o show que faria no Rio por causa da chacina da Candelária, que o deixou chocado. Na época fiquei meio brava com ele, e pensei: “Poxa, Michael, mas seus fãs não tem culpa disso, né?”. Fiquei muito triste e chateada porque eu iria a esse show! Tinha convencido minha mãe a deixar. Mas em São Paulo, longe e sem familiares ou amigos íntimos por perto, ela não deixaria nunca! Eu era menor de idade e dependia do dinheiro que ela ia me dar, então... não pude ver o Michael de perto como tanto queria!


Nessa época, eu vivia minha fase mais fanática por Michael: entre 1987 e 1994 (ano no qual passei a viver em clima de Copa do Mundo e deixei o Michael em paz um pouquinho – mas só um pouquinho) eu “respirava” Michael Jackson, “comia e bebia” Michael Jackson... deixava de comprar roupas e livros importantes pra comprar material dele, fosse um disco ou uma revista, enfim... TUDO dele!


Em 1993, como ele já havia revelado que tinha vitiligo, eu tinha mais argumento e menos paciência pra ouvir alguém dizer que ele queria ficar branco! Eu berrava: “Ele tem vitiligo, droga! Não viu isso no Jornal Nacional não? Pois passou lá! Ele deu uma entrevista e revelou que foi essa doença que foi fazendo ele ficar branco!”. E como eu conheço várias pessoas com essa doença, citava os exemplos.


Mas, voltando ao assunto do show, hoje eu entendo porque Michael não veio... Aliás, fez apenas o show de São Paulo. Ele, como um cara que amava as crianças, teve uma reação mais emocional do que racional e simplesmente cancelou o show na cidade onde aconteceu essa tragédia. Três anos depois, ele não só esteve no Rio como fez questão de gravar parte do clipe de “They don’t care about us” numa favela: o morro Dona Marta.


E foi naquele clima de tristeza por eu não poder ir vê-lo que ouvi pela primeira vez a palavra "pedofilia" associada ao nome de Michael. Levei um susto! Pensei: “Quem foi o filho da mãe que fez isso com ele?! Ele sempre ajudando a essas crianças e agora fazem isso pra tirar o dinheiro dele?!” O legal é que a maioria das pessoas de meus contatos também pensava assim. Ninguém cogitava a idéia de Michael ser culpado das acusações que estavam aparecendo.


Quando ele veio ao Brasil, ouvi emocionada o show no rádio, e parecia mesmo que ninguém estava levando a sério as tais acusações. “Michael pedófilo? Piada! De mau gosto!”.


Mas logo assunto começou a ficar sério, começaram a revirar a casa dele... em toda casa que eu ia, de amigos ou parentes, quando alguém ligava a TV, ESSE era o assunto! Muitas pessoas começaram a questionar “se” Michael seria mesmo capaz de tal atitude. Começaram a aparecer “provas” de que ele teria abusado do menino, “testemunhas” (falsas, é claro), fitas de vídeo e fotos sendo investigadoa... Até que saiu a notícia de que não foi achado NADA que incriminasse Michael.


Eu soube que ele estava dependente de remédios e vira e mexe ele desmaiava em algum show. Chegou a ir parar no hospital, depois se desintoxicar numa clínica... e tudo isso era noticiado pela TV, jornais, revistas, rádio... Eu não tinha internet naquela época, então acompanhava tudo ansiosa nos veículos que eu tinha ao meu dispor.


Finalmente uma boa notícia: Michael estava de volta aos EUA, otimista, numa boa e  cercado de crianças, o que no meu ver comprovava de vez sua inocência. Tive esperanças de que essa história estava caminhava pra um final feliz. Os fãs de Michael, pelo menos a maioria, sempre ao lado dele, o apoiando e defendendo... E eu, de longe, fazendo a minha parte também, porque nunca acreditei que ele fosse capaz de cometer um ato desses.


Mas Evan Chandler, o pai do menino queria dinheiro, e o menino havia feito um desenho do órgão genital de Michael. Então um dia meu tio me disse: “Michael vai ter que ficar pelado pra policia fotografar o p... dele e ver se as manchas do vitiligo são mesmo onde o menino descreveu”. Fiquei chocada e indignada!


Passei horas desabafando com uma tia paterna sobre o assunto, falando da injustiça que iam fazer. Eu disse: “Se fosse eu, não permitiria uma coisa dessas!”. E ela, me acalmando, respondeu: “Mas minha filha, é necessário e se ele é inocente, ele deve deixar eles o examinarem e assim vai calar a boca de todo mundo!”. E eu ainda perguntei: “Poxa, mas ele vai ter que ficar nu diante de um monte de desconhecidos? É muita humilhação pra uma pessoa tímida e inocente como ele”. Até hoje eu lembro... minha tia sempre carinhosa, me explicando: “É, pra esse tipo de exame ele vai ter que ficar peladinho. Mas e daí, ele vai mostrar o que todo mundo tem! Qual o problema? O importante é ele mostrar que é inocente!”.


Ok... minha tia estava certa. Mas o problema que eu via não era a nudez em si (sou simpatizante do naturismo – sem sacanagem, e dentro do respeito, é claro). O que me doía e ainda dói nessa história é o PORQUE dele ter tido que passar por isso: porque ele estava sendo acusado de um crime que NÃO COMETEU. Que não fosse o pênis a ser examinado, fotografado e filmado; que fosse a mão ou o pé! A humilhação no meu ver, seria a mesma. Mas é claro que por ele ser tímido e ter vergonha de seu corpo manchado, tirar a roupa era algo mais difícil pra ele do que pra maioria das pessoas.


Enfim... fiquei sabendo de novo, pelo meu tio "ouvinte de rádio" e pela TV notícias de Michael: ele tinha sido submetido ao exame e às fotos mas o resultado ainda não tinha sido divulgado.


No dia seguinte fui com minha família visitar uns tios que moravam em um outro bairro, às vésperas do Natal. E ao chegar lá, a TV estava ligada. Michael estava dando aquele comovente depoimento a todo o mundo (ver vídeo abaixo). Enquanto todos riam e conversavam sobre Natal e outros temas alegres, eu me sentei o mais próximo possível à TV e fiquei antenta:



Quando terminou eu pensei comigo: “Eu sei, Michael. Pra mim você não precisa falar nada, EU SEI que você é inocente, que foi vítima de extorsão!”.


Eu fiquei muito triste e fiquei imaginando como seria o Natal de Michael, como ele estaria se sentindo. Tempos depois eu soube que Elizabeth Taylor tinha proporcionado a ele uma bela festa de Natal em Neverland! Ela sempre ao lado dele nesses meses difíceis, uma amiga dedicada, carinhosa e verdadeira!(O vídeo do Natal está postado aqui neste blog, e abaixo, trago uma declaração dada por Liz Taylor sobre a frágil saúde de Michael, em novembro de 1993 - infelizmente não encontrei com legendas):



"Eu vou repetir: eu sou amiga de Michael Jackson, eu o amo como um filho e eu o apóio com todo meu coração" (essas foram as ultimas palavras dela pelo que pude entender - se estiver errado, me corrijam por favor, porque meu inglês anda enferrujado, principalmente quando se trata de ouvir).


Daí pra frente as notícias de Michael eram sobre "se" as descrições de Jordan Chandler (o menino que se dizia molestado por Michael, também chamado de Jordie) “batiam” ou não com as fotos tiradas pela polícia. Uns diziam que sim, outros diziam que não. Mas eu tinha certeza de que NÃO batiam. Mas mais uma vez os jornais diziam que NADA foi encontrado em Neverland e nem na casa dos pais de Michael, em Encino.


Veio então a notícia do acordo feito entre Michael e o pai do menino, em janeiro de 1994. E isso dividiu as opiniões. De um lado havia os que consideravam isso uma confissão de culpa por parte de Michael. Do outro lado estavam aqueles que viam isso como uma confissão de culpa, mas por parte de Evan Chandler.


Dizem que Michael deu cerca de 20 milhões de dólares à família de Jordan, mas Michael disse que não foi a quantia divulgada, na verdade foi menos (ver entrevista de Michael com Lisa Presley postada neste blog, neste mês de dezembro).


Alguns pontos importantes a serem esclarecidos são o porque do acordo e de quem partiu a idéia.


Primeiro: Michael NÃO queria fazer esse acordo. Ele queria que o processo seguisse e que ele pudesse provar logo sua inocência. Ele ficou uma fera quando soube que um de seus advogados propôs o adiamento do julgamento pra dali a cinco anos. “Eu quero é que isso termine logo!” disse Michael.


Mas isso seria difícil. E o “inferno” que ele vivia poderia se estender por até sete anos!


Antes de fazer a denúncia, Evan Chandler enviou uma proposta pra Michael: queria dinheiro, muito dinheiro senão iria acusá-lo de pedofilia. Michael não aceitou, é claro. Então, quando Evan fez a denúncia e as investigações começaram, os advogados de Michael, familiares e amigos o aconselharam a entrar num acordo com Evan. Mas Michael não queria isso, porque sendo inocente, queria provar isso ao mundo nos tribunais, e limpar seu nome. Elizabeth Taylor e Lisa Marie Presley fora duas das pessoas que tentaram convencê-lo a aceitar o acordo. Mas ele estava irredutível.


Michael estava em turnê, estava tenso com todo esse processo, e tendo sua casa toda “xeretada” pela polícia, a imprensa em cima agindo contra ele de maneira dura e cruel...Um parêntese aqui: uma das poucas exceções foi o biógrafo J. Randy Taraborrelli, que em um programa de TV criticou a atitude da imprensa dizendo que ela não deveria ser tão dura, tão parcial. Michael ligou pra Taraborrelli depois de um show da turnê e confessando que não se sentia bem e tinha dificuldades pra respirar, agradeceu a lealdade do jornalista (mesmo porque infelizmente é raro ver lealdade nos jornalistas – claro que estou generalizando, eu mesma quis ser jornalista) e ofereceu de presente a ele uma lhama de Neverland.


Pois bem... Fato é que Michael tinha feito naquele ano cirurgias no couro cabeludo (pra fazer reparações necessárias ainda devido ao acidente de 1984 quando seu cabelo pegou fogo durante o comercial da Pepsi) e tinha extraído um dente que estava perturbando sua paz. Enfrentou também acusação de plágio no México (injusta, por “The Girl is Mine”, que todo mundo sabe que foi composta por Michael – o vídeo está postado aqui neste blog) e com toda essa pressão em cima dele, acabou viciando nos analgésicos que havia tomado pra aliviar as dores das cirurgias que fizera. Deprimido, quase perdeu a vontade de viver, chegou a descuidar da aparência, emagreceu muito...


Diante desse quadro e após seus advogados dizerem que não poderiam garantir que o processo fosse rápido e nem que a justiça seria feita, Michael finalmente, graças a insistência de todos que lhe queriam bem, aceitou fazer o acordo. Ele queria viver em paz, ele PRECISAVA de tranquilidade, ele ansiava em se casar com Lisa, a essa altura já sua noiva, e desejava gravar fazer novas músicas, clipes, turnês...


Uma coisa "engraçada" nisso tudo, que é importante comentar, é que até o advogado de June Chandler (mãe de Jordan - que era separada de Evan Chandler e tinha um novo marido) disse que não acreditava que Michael fosse culpado! Ele disse que Michael não tinha perfil de pedófilo e que desde o começo ele lhe pareceu inocente.


E muitos disseram isso, inclusive psicólogos na época:


MICHAEL NÃO SE ENQUADRAVA NO PERFIL DE UM PEDÓFILO.


Eu tenho aqui um texto da revista EXAME de 1995 que é bem esclarecedor, revela a farsa que Evan engendrou pra arrancar dinheiro de Michael e destruir sua carreira caso ele não “colaborasse”. Isso também mostra que não é "só porque morreu que Michael deixou de ser pedófilo" como algumas pessoas maldosas andam falando... Este texto, repito, de 1995 mostra que a verdade já tinha aparecido naquela época. Mas como sempre aconteceu com Michael, a verdade quase não era divulgada!!!


Aqui está o texto, vale muito a pena lê-lo:




Michael Jackson e o caso de pedofilia: culpado ou inocente?


Por Mary Fisher; tradução da revista Exame/1995.


Os problemas de Jackson começaram quando sua van quebrou no Wilshire Boulevard, Los Angeles, em maio de 1992. Parado no meio da rua, estrangulado no pesado tráfego, ele foi percebido pela mulher de Mel Green, funcionário da Rent-a-Wreck, agência de guinchos localizada a 1 milha dali. Green foi socorrê-lo. Quando Dave Schwartz, dono da empresa, ouviu que Green estava trazendo Jackson para seu estabelecimento chamou sua esposa, June, e o filho do casamento anterior dela, um garoto de 12 anos. Quando Jackson chegou, June contou-lhe como seu filho havia lhe enviado um desenho quando ele sofrera queimaduras durante um comercial da Pepsi. E lhe deu seu telefone de casa. “Parecia que ela estava empurrando o garoto para cima dele”, lembra Green. “Acho que Jackson pensou que lhe devia algum favor, e foi assim que tudo começou.”


Certos fatos sobre o relacionamento entre o cantor e o menino não são controversos. Jackson passou a telefonar para ele. Ficaram amigos. Três meses depois, ele e a mãe eram convidados habituais da Terra do Nunca, o rancho do artista no condado da Santa Barbara. No ano seguinte, Jackson cobriu o garoto e sua família de atenções e presentes - relógios, brinquedos caros e viagens. Por volta de março de 1993, Jackson e o garoto estavam freqüentemente juntos e começaram as noites em que dormiam na mesma cama. June se tornou íntima do cantor e “gostava demais dele, porque era o homem mais gentil que conhecera”, segundo um amigo.


As excentricidades do pop star eram de domínio público: todo mundo sabia de sua obsessão por refazer o rosto através de cirurgias plásticas e de sua preferência pela companhia de crianças. E, embora possa soar pouco usual que um homem de 35 anos dormisse com uma criança de 13 anos, a mãe do garoto e os amigos de Jackson nunca se preocuparam com isso. O comportamento de Jackson é bem mais compreendido uma vez posto no contexto de sua própria infância, sempre cercado de adultos, mergulhado em estúdios e sob a pressão do pai, Joe, conhecido por bater em seus filhos. “Ele nunca teve uma infância”, diz Bert Fields, ex-advogado de Jackson. “Está tendo uma agora. Seus companheiros são crianças de 12 anos. Adoram brincar de guerra de travesseiro.”


Em princípio, o envolvimento de Jackson com o garoto foi bem recebido por sua mãe, seu padastro e seu pai biológico, Evan Robert Chandler. Nascido no Bronx, em 1944, Chandler seguiu os passos do pai e dos irmãos e se tornou dentista. Mas sonhava ser escritor. No final da década de 70, na esperança de se transformar em roteirista de cinema, mudou-se para Los Angeles com a mulher, June. Mais tarde, morou em Nova York, mas não conseguiu vender um único roteiro e voltou para LA na década de 80, quando seu filho já tinha nascido e a vida conjugal andava com problemas. Divorciaram-se em 1985. A custódia da criança ficou com a mãe, e a corte estipulou que Chandler lhes pagaria uma pensão de 500 dólares ao mês. Documentos revelam, contudo, que em 93, quando o escândalo veio à tona, ele lhes devia 68.000 dólares - dívida que ela deixou de cobrar. Apesar de enfrentar problemas com o processo de uma modelo que o acusaria de negligência médica, sua carreira ia bem. Conseguiu estrear em Hollywood, co-assinando com Mel Brooks o roteiro de uma comédia sobre Hobin Hood.


Até que Jackson entrasse na vida de seu filho, Chandler não demonstrava muito interesse pelo menino. A clínica odontológica o mantinha ocupado e ele havia formado uma família com a segunda mulher, advogada de empresa, e dois filhos. Desde logo, Chandler encorajou o relacionamento do filho com Jackson e chegou a pressioná-lo para que passasse mais tempo com o menino em sua casa. De acordo com fontes, sugeriu até a Jackson que construísse mais um cômodo ali. Depois de verificar junto ao departamento de zoneamento que aquilo não poderia ser feito, simplesmente sugeriu que Jackson lhe construísse uma casa nova. Quando o cantor levou June e o menino para Mônaco, na cerimônia do World Music Awards, entretanto, Chandler passou a enciumar-se.“Ele se sentiu jogado para escanteio”, diz Michael Freeman, ex-advogado de June Chandler Schwart. Quando voltaram, Jackson e o menino fizeram a Chandler uma visita de cinco dias - o que lhe agradou - e na qual dormiram junto com o meio irmão do garoto. Embora Chandler tenha admitido que Jackson e seu filho sempre tenham dormido vestidos, foi nessa época que levantou suas suspeitas de que tivesse ocorrido alguma transgressão sexual. Em nenhum momento Chandler alegou ter flagrado qualquer abuso por parte de Jackson.


Em meados de 1993, Dave Schwartz, que até então era amistoso com Chandler, secretamente gravou uma conversa telefônica entre eles. Durante a ligação, o dentista falou da sua preocupação com o filho. Quando Schwartz perguntou o que Jackson teria feito, Chandler respondeu que ele “havia desestruturado a família. [O menino] foi seduzido pelo poder e pelo dinheiro desse sujeito”. Em outro lugar da fita, Chandler revelou que estava preparado uma armação para Jackson. “Está tudo arranjado”, disse. Explicou que teria pago pessoas para dizer “certas coisas”, num “plano só meu”. E finalizou: “Se eu for adiante com isso, ganho uma bolada. June perderá [a guarda do menino] e a carreira de Michael será arruinada”. Schwartz, então, perguntou: “Em que isso ajuda o garoto?”, ao que Chandler respondeu “Não me interessa”. Em vez de ir à polícia, Chandler foi a um advogado: Barry Rothman. “Peguei o advogado mais calhorda que pude encontrar”, Chandler disse na conversação gravada por Schwartz. “Tudo o que ele quer é levar isso ao público o mais rápido que puder, e humilhar tantas pessoas quantas puder. Ele é um calhorda, é inteligente e adora publicidade.”


Dono de um escritório de advogacia em Century City, Rothman negociara contratos para conjuntos como Rolling Stones e The Who. Fez tantos inimigos na carreira que sua ex-mulher disse a seu advogado admirar-se de que não tivessem ainda “acabado com ele”. Sua ficha no final da década de 80 registrava mais de vinte processos civis e reclamações trabalhistas. Nos últimos anos, havia criado uma complexa rede de contas no exterior e empresas fantasmas para ocultar seu bens. Em 1992, O Tribunal Estadual adotou medidas disciplinares contra ele a partir de um conflito com Muriel Metcalf, a quem defendia num processo de custódia e que o acusava de incluir despesas fictícias em sua conta. Em novembro, seu escritório abriu falência com uma dívida estimada em 880 000 dólares e nenhum bem declarado.


Aliado a este homem, em junho de 1993, Evan Chandler começou a colocar seu “plano” em prática. Procurou a ex-mulher e revelou a ela suas suspeitas. “June achou que era tudo bobagem”, diz seu ex-advogado, Michael Freeman. Ela ainda comunicou que planejava tirar o garoto da escola no outono para que pudessem acompanhar Jackson na turnê mundial do show Dangerous. Segundo várias fontes, Chandler ficou furioso e ameaçou levar a público as provas que alegava ter contra o cantor. “Que pai, em sã consciência, ia querer colocar seu filho em evidência num caso como esse?”, pergunta Freeman. “O normal seria proteger a criança, e não expô-la.”


Jackson pediu ao seu advogado, na época Bert Fields, para intervir. Fields colocou em ação o investigador Anthony Pellicano. Dave Schwartz e June deram a fita para Pellicano escutar. “Depois de ouvir 10 minutos de gravação, percebi que se trava de extorsão”, diz Pellicano. No mesmo dia, procurou o filho de Chandler no condomínio de Jackson em Century City. O cantor não estava em casa. Pellicano interrogou o garoto: “Michael já tocou em você? Alguma vez você o viu nu na cama?” A resposta sempre foi não. Em 11 de julho, Chandler partiu para a etapa mais avançada do jogo. Pediu a June para ficar com o filho durante uma semana, com a promessa de Rothman de que o menino seria devolvido no prazo combinado. Não voltou.


Foi durante o período em que Chandler tomou o controle do filho, isolado da mãe, do padastro e dos amigos, que as acusações contra Jackson tomaram forma. Para basear sua denúncia, ele procurou a opinião de um especialista, Mathis Abrams, psiquiatra em Beverly Hills. Pelo telefone, apresentou a Abrams uma situação hipotética. Sem nem mesmo ter encontrado a criança ou o pai, o psiquiatra enviou como resposta uma carta de duas páginas em que afirmava “haver suspeitas razoáveis da ocorrência de abuso sexual”. Importante, ele afirmava que se aquele fosse um caso real, e não hipotético, deveria ser denunciado ao departamento de menores.


Até então, não haviam sido feitas exigências ou acusações formais contra Michael Jackson. Em 4 de agosto de 1993, no entanto, Chandler e o filho reuniram-se com Jackson e o investigador Pellicano numa suíte do hotel West-wood Marquis. Ao ver o cantor, segundo Pellicano, Chandler deu-lhe um forte abraço (gesto improvável para um pai, que estaria abraçando a pessoa que molestara seu filho), depois tirou do bolso a carta do psiquiatra e começou a ler. O garoto baixou a cabeça e olhou para Jackson com uma expressão de surpresa, como se dissesse “eu não falei isso”. No final do encontro, Chandler apontou para o cantor e o advertiu “Vou arruinar você”.


Num encontro com Pellicano no escritório de Rothman, naquela noite, Chandler faria seu pedido: 20 millhões de dólares. Em 13 de agosto, houve outro encontro no escritório de Rothman. Pellicano fez uma contra-oferta. Chandler assinaria um contrato como roteirista por 350 000 dólares. Pellicano diz que fez a oferta como meio de resolver a disputa pela custódia do garoto e dar a Chandler uma oportunidade de conviver mais com ele, fazendo-os trabalhar no roteiro juntos. Chandler recusou. Rothman fez nova demanda - um acordo por três roteiros, ou nada. Um ex-colega revelou o desapontamento de Chandler. “Quase fiz um negócio de 20 milhões”, ouviram-no dizer a Rothman.


Antes de Chandler tomar controle de seu filho, o menino nunca alegara nada contra o cantor. Isso mudou um dia, no gabinete dentário de Chandler, em Beverly Hills. Na presença de Mark Torbiner, um anestesista dentário, foi administrada ao garoto a controvertida droga conhecida como Amytal sódico - que alguns erroneamente acreditam ser um soro da verdade. Foi depois dessa sessão que o garoto fez acusações contra Jackson pela primeira vez. Um jornalista da KCBS-TV reportou em 3 de maio daquele ano que Chandler havia usado a droga no filho, mas o dentista alegou que só a utilizou para extrair um dente da criança e que durante essa operação ela teria começado a falar. Perguntado se usou a droga, Torbiner respondeu “Se eu a usei, foi para propósitos de tratamento dentário”.


Utilizado para o tratamento de amnésia, o Amytal sódico foi administrado durante a Segunda Guerra Mundial a soldados traumatizados psicologicamente. Estudos a partir de 1952 descartaram a hipótese de que a droga fosse um soro da verdade e demonstraram o seu risco: falsas memórias podem ser implantadas em pessoas sob sua influência. “É bastante possível implantar uma idéia meramente fazendo perguntas”, diz o reconhecido psiquiatra Phillip Resnick, de Cleveland. “A idéia pode se tornar a memória, e, mesmo quando você fala a verdade para essas pessoas sob a influência do Amystal, elas continuam a jurar sobre a Bíblia que aquilo aconteceu.” John Yagiela, coordenador do departamento de anestesia da Faculdade de Odontologia da Califórnia, esclarace: “O uso do Amytal sódico para extração de dentes não faz sentido quando há alternativas mais adequadas para esse tipo de cirurgia”. Kenneth Gottlieb, psiquiatra de San Francisco, acrescenta: “Para usar uma droga desse tipo seria necessário ter ao lado um anestesista e um aparelho ressucitador para o caso de uma reação alérgica”.


Ao que parece, Chandler não se preocupou com nada disso. Confiou apenas na experiência de Torbiner (foi ele quem o apresentou a Rothman em 1991, quando o advogado precisava de um dentista). Sem possuir consultório próprio, Torbiner trabalha para outros dentistas, administrando anestesias durante as consultas. Recentemente, o Departamento de Controle de Drogas passou a investigar uma denúncia segundo a qual Torbiner atende também em domícilio administrando morfina e Demerol a pacientes com dores não necessariamente relacionada a dentes. Chegaria à casa dos clientes - alguns célebres - carregando uma maleta de pesca cheia de medicamentos e seringas.


Depois do episódio com o soro da verdade, June resolveu lutar para conseguir a guarda do filho. Como reação, Chandler levou o garoto ao consultório de Mathis Abrams - o psiquiatra responsável pela avaliação hipotética de abuso sexual. Durante uma sessão de 3 horas, o menino afirmou que Jackson havia mantido relações sexuais com ele. Falou de masturbação, beijos, carícias nos mamilos e sexo oral. Mas não mencionou que tivesse havido penetração, o que poderia ter sido comprovado através de exames médicos. Obrigado por lei a relatar a acusação às autoridades, Abrams chamou uma assistente social do departamento de menores, que, por sua vez, contatou a polícia. Cinco dias depois, Michael Jackson já era o principal assunto do noticiário. Embora o circo estivesse armado, a imprensa ignorava a proporção das acusações contra o cantor. Um funcionário do departamento de menores então tomou a iniciativa de fornecer ilegalmente uma cópia do relatório a Diane Diamond, apresentadora do programa Hard Copy. Em seguida, o documento chegou a uma agência britânica de informações, que, por sua vez, vendeu cópias ao resto da imprensa. No dia seguinte, o mundo inteiro conhecia o documento com seus detalhes mais íntimos. “Quando estavam deitados lado a lado na cama, Michael Jackson colocou a mão dentro do short do menino”, revelava uma assistente social ouvida no relatório.


Depois, começaram a aparecer as testemunhas. Primeiro, Stella e Phillipe Lemarque, ex-caseiros de Jackson, que tentaram vender suas histórias aos tablóides sensacionalistas com o auxílio do agente Paul Barresi, um ex-ator de filmes pornôs. Pediram a bagatela de meio milhão de dólares, mas acabaram vendendo a entrevista ao inglês The Globe por módicos 15 000. Os Quindoys, que também tinham trabalhado na Terra do Nunca, usaram a mesma estratégia. Quando seu preço ainda estava em 100 000 dólares, disseram que, “na verdade, a mão de Michael Jackson estava fora das calças do menino”. Assim que a quantia subiu para 500 000 dólares, a mão entrou novamente no short.


No início de novembro, dois guarda-costas do cantor deram entrevistas a Diane Diamond. No ar, ela garantiu que seus convidados não estavam recebendo nada para falar. No entanto, duas semanas depois, descobriu-se que o Hardy Copy negociava um pagamento de 100 000 dólares a cinco antigos seguranças de Jackson. Diane informou também aos telespectadores que os dois entrevistados haviam sido demitidos porque “sabiam demais sobre o relacionamento de Michael Jackson com os meninos”. Na verdade, seus depoimentos posteriores, feitos sob juramento durante a investigação policial, não confirmaram essas denúncias. Em 15 de dezembro, foi a vez de a empregada doméstica Blanca Francia comparecer ao Hardy Copy. Blanca contou que havia visto Jackson nu, tomando banho com garotos. O testemunho juramentado de Blanca, como os dos guardas, desmente essa versão. E esclarace que a empregada recebeu 200 000 dólares para ser entrevistadas no programa de televisão.


Durante todo esse período, a mãe do menino rejeitou as acusações feitas a Jackson. Mas depois de uma reunião com a polícia, em agosto de 1993, mudou de idéia. Os policiais Sicard e Rosibel Ferrufino argumentaram com ela que Jackson se encaixava perfeitamente no perfil clássico de pedófilo e que, portanto, teria motivos para molestar o garoto. O psiquiatra Ralph Underwager, que trata de pedófilos e vítimas de incesto desde 1953 em Mineapolis, discorda: “Não existe essa história de perfil clássico”. Segundo ele, Jackson foi vítima de “equívocos que acabam sendo tratados como verdades em conseqüência da histeria que existe hoje em torno do assunto”. Phillip Resnick tem a mesma opinião: “Michael Jackson era um alvo perfeito para esse tipo de denúncia: é rico, extravagante, anda com crianças e demonstra certa fragilidade”.


Nesse momento, June se uniu a Chandler, temendo que a acusassem de negligência. Na seara dos advogados, no entanto, as coisas não iam bem. Vários defensores, de lado a lado, foram demitidos, rebaixados ou afastados do caso. No final de agosto, Michael Jackson apresentou denúncias de extorsão contra Chandler e Ruthman. A polícia não as levou a sério. Ao contrário do que havia sido feito com o cantor, não foram determinadas buscas na casa ou no escritório dos acusados nem se convocou um júri para discutir o caso.


Em setembro de 1993, Larry Feldman, advogado civil e ex-chefe da Associação dos Advogados Criminalistas de Los Angeles, passou a representar o filho de Chandler. E moveu uma ação contra Michael Jackson no valor de 30 milhões de dólares. Os lobos não tardaram a aparecer. Feldman recebeu dezenas de cartas dos mais variados tipos de pessoas alegando terem sido molestadas por Jackson. Todas foram entrevistadas, mas nada se encontrou de positivo. Jackson resolveu juntar à sua equipe de defesa um famoso advogado criminalista, Howard Weitzman. A partir de então, surgiu a conversa sobre um acordo amigável entre as partes. Do lado de Jackson, optou-se por não levar o caso a julgamento. O principal motivo para isso estava na conhecida fragilidade emocional do cantor, que seria testada nos tribunais e utilizada pela imprensa. Ele participou ativamente da decisão de fazer o acordo, porque queira que tudo terminasse “o mais rápido possível”. Em 25 de janeiro de 1994, concordou em pagar ao menino uma quantia não revelada. Especula-se algo em torno de 20 milhões de dólares. Evan Chandler, enfim, acabou conseguindo o que queria. Continua com a guarda do filho e tem, portanto, acesso a todo o dinheiro que o garoto receber.




Fonte: Revista Exame/1995



Amigas(os) deste blog... Atenção à essa frase:



"Michael Jackson apresentou denúncias de extorsão contra Chandler e Ruthman. A polícia não as levou a sério. Ao contrário do que havia sido feito com o cantor, não foram determinadas buscas na casa ou no escritório dos acusados nem se convocou um júri para discutir o caso." (É por essas e outras que às vezes eu acho mais provável que seja a justiça divina que punirá Doutorzinho Murray, como aconteceu com Evan Chandler, e não a dos homens...)


Bom... vale ressaltar que, pelo que li na biografia de Taraborrelli (ele vai fundo nesse assunto e esclarece outras coisas que este texto não mostra), Michael NÃO queria fazer o acordo, ele a principio havia concordado apenas com a proposta do investigador Pellicano (que defendia Michael) de financiar os filmes de Evan, mas relutou até janeiro em aceitar o acordo dos (menos de) 20 milhões, que na verdade era o que Chandler queria desde o começo.


Em 1996 voltaram a importunar Michael com este assunto:



Essa entrevista acima é esclarecedora em outros pontos também... Michael comenta uma carta mostrada pelo delegado, em que ele listava pontos a esclarecer quando tivesse a oportunidade de falar disso em alguma entrevista (o que acontecera três anos antes, no programa de Oprah Winfrey, meses antes de Evan Chandler acusá-lo de pedofilia). Nessa carta, que ele lê calmamente diante do delegado, ele deixa claro sua heterossexualidade e seu orgulho por sua raça, negra.


Dez anos se passaram... até que em 2003 eu vi uma das cenas mais tristes pra mim: Michael Jackson sendo algemado. Nova acusação surgia! E dessa vez feita pela familia de um menino que ele ajudou a curar de câncer (Veja aqui neste blog os vídeos postado em "A verdade de Michael X a mentira de Bashir - o menino está lá): Gavin Arvizo.


Eu havia assistido ao documentário na TV (se não me engano foi na TV Bandeirantes ou no SBT). E fiquei revoltada quando soube que a acusação foi feita justamente pela familia deste menino!


A família já havia aplicado vários outros golpes, pelo que eu fiquei sabendo ao ler a biografia "A Magia e a Loucura", de Taraborrelli! Eles são uma quadrilha!


Mas dessa vez Michael decidiu que iria levar isso até o fim. Ia aguentar tudo isso pra provar sua inocência. Iria a julgamento, levasse o tempo que fosse!


No dia em que foi preso, Michael foi maltratado pela polícia:



Observem que ele estava até com dificuldades pra falar!!! A polícia americana SEMPRE foi sacana com Michael (desculpem a palavra, mas essa é a mais delicada que consigo usar pra eles!)


Michael mal conseguia acreditar que aquilo estava acontecendo de novo. Mas ele fora avisado antes... e não conseguiu mudar seu comportamento. Continuou cercado de crianças! Recebia excursões de crianças carentes em Neverland, se comovia com histórias como a de Gavin (e muitas outras crianças doentes, como um menino chamado Dave, de quem Michael cuidou nos anos 80 e que considerava Michael como um pai - entre muitas outras crianças) e sempre procurava ajudar.


Agora Michael tinha que ser forte, por seus filhos. Tinha que agir como adulto e não poderia fraquejar. Mas contou novamente com a ajuda de amigos e da família (na sequência de fotos abaixo, Michael em suas várias idas à polícia, acompanhado do pai Joe, da mãe Katherine, das irmãs LaToya e Janet e do irmão Randy).






Mais uma vez a vida de Michael foi vasculhada... e novamente NÃO ENCONTRARAM NADA CONTRA ELE!

Foram chamados a depor cerca de 30 garotos que foram amigos íntimos de Michael quando crianças, entre eles Macaulay Culkin e Emmanuel Lewis. TODOS foram unânimes em dizer que a relação de Michael com eles era inocente! Michael NUNCA os tocou com segundas intenções, nunca nem sequer tentou algo mais ousado com eles. Isso não era a dele... Michael queria amigos com quem brincar.

Algumas pessoas perguntam porque ele tinha mais amigos meninos do que meninas. Claro que Neverland ficava sempre cheia de crianças de ambos os sexos, mas ele era mais ligado, na maioria das vezes, aos meninos. Eu tenho uma opinião sobre isso que e a seguinte: pra mim isso "tá na cara": Michael era homem e queria reviver a infância que na prática não teve. Então é natural que ele tivesse mais contato com os meninos, pra poder fazer com eles brincadeiras de meninos. Michael era um molecão e as meninas, em sua maioria são mais quietinhas, gostam de outro tipo de brinquedos... Como Michael era um eterno menino, é natural que seus amigos fossem mais meninos do que meninas, oras! Quando eles cresciam, Michael arrumava outros amigos que fossem crianças, embora não perdesse a amizade com os amigos que cresceram.

Michael dizia que a maioria das pessoas ao crescer perdiam a pureza, e passavam a ser condicionados pelo mundo dos adultos: aprendiam a mentir, trair, enganar. Por isso quando algum de seus amigos crescia e ficava "condicionado", ele mudada de companhia, porque preferia estar com as crianças... Não estou dizendo que concordo com isso, mesmo porque vejo as coisas de modo bem diferente. Mas esse era o modo de Michael ver e lidar com isso, e eu o entendo, e respeito.

Além desses 30 garotos (já adultos na época do julgamento), houve também outras testemunhas, entre elas Debbie Rowe, que mesmo tendo sido chamada como testemunha de acusação deu seu testemunho favorável a Michael e Lisa Presley, que foi chamada pela defesa e em 2003, antes mesma de Michael ser acusado havia dado a seguinte declaração em sua entrevista à revista "Rolling Stone":

"A única coisa que posso dizer é que eu não vi nada que pudesse sugerir algo (de pedofilia), jamais. Caso contrário, eu teria sido a primeira a sair e dizer: 'Que filho da p...'! Eu tenho filhos! Mas eu nunca vi nada suspeito. Foi isso que eu quis dizer quando disse isso (na entrevista ao lado de Michael em 95), porque eu não vi nada de estranho ou bizarro, nunca. E eu percebi que ele tinha uma conexão surpreendente com as crianças, quer se trate de um bebê pequeno ou um garotinho de dois anos, ou uma menina de quatro anos de idade - as crianças realmente 'respondem' a ele."

Muitos fãs de Michael o acompanharam de perto durante o doloroso processo que durou quase dois anos, levando apoio, faixas e cartazes. E comemoraram com ele sua merecida, justa e já esperada abolvição! (Ver vídeos abaixo).








Depois da morte de Michael, alguns que o acusaram no passado vieram dizer a verdade, como é o caso de Martin Bashir, o mesmo que fez aquele documentário editado de acordo com suas más intenções e no qual ele ficou o tempo todo fazendo insinuações madosas contra Micheal. Aqui está a única vez que vi Bashir ser honesto:




Saiu um boato, logo após a morte de Michael, que Jordie Chandler teria escrito no seu blog uma declaração de que Michael era inocente e de que ele só havia feito aquela acusação a mando de seu pai. Bom... isso é fato, como mostra o documento publicado na Revista Exame (que está neste post). Mas pelo que eu soube a verdade é que não foi Jordie quem escreveu aquilo. Alguém forjou o blog e postou a declaração como sendo de Jordie. Ora, se forjaram diários, cartas e outras coisas de Michael, seria moleza alguém forjar algo dos acusadores de Michael! Provavelmente fãs de Michael fizeram isso na tentativa de estabelecer de vez sua inocência.


Mas fato é que Jordie declarou a amigos que Michael era inocente, e seu pai se matou. Pra mim, como eu já disse aqui, foi remorso e a culpa aumentada pela morte de Michael que tirou dele a chance de um dia (pelo menos aqui neste mundo) vir a se desculpar com ele.


Leiam com a atenção este texto (que também mostra a perseguição sofrida por Michael pelos tablóides como "The Sun" e "The Mirror"):


O suicídio de Chandler mostra a propensão da imprensa em ser contra Jackson


"O pai do menino que acusou Jackson de abuso sexual infantil". Errado. Chandler foi o pai que acusou Jackson de molestar seu filho.


As acusações iniciais contra Jackson não foram feitas por Jordan Chandler, mas por seu pai Evan, apesar da insistência de Jordan de que Jackson nunca o tinha tocado de forma inadequada, uma postura que o rapaz manteve por vários meses.


As relações entre o pai do menino e Jackson tinham azedado no início de 1993, quando Evan pediu ao popstar para construir uma casa para ele e Jackson recusou educadamente. Um roteirista fracassado, Chandler contactou Jackson pouco depois e lhe pediu para negociar três ofertas de roteiro em seu nome. Se Jackson não cumprisse, disse ele, o acusaria de abusar sexualmente de seu filho. Jackson não cumpriu - e o resto é história.


Conforme revelado por Mary Fischer em seu artigo de 1994 para a revista "GQ", intitulado 'Was Framed Michael Jackson?' - Jordan Chandler apenas alegou ter sido molestado por Jackson após Evan - um dentista de profissão - dopá-lo com uma droga alucinógena chamada amytal de sódio, que é conhecido por induzir a síndrome da falsa memória.


Mesmo quando Jordan Chandler começou a seguir a linha de seu pai, o seu testemunho foi tão convincente que o Promotor Tom Sneddon levou seu caso para três júris distintos e nenhum deles lhe permitiu fazer acusações contra Michael Jackson. Ao contrário do mito amplamente divulgado, Jordan Chandler não descreveu com precisão os órgãos genitais de Jackson. Dentre outras imprecisões, ele alegou que Jackson foi circuncidado, enquanto fotografias da polícia provaram que ele não era.


Sem surpresa, nenhuma dessas informações fez o seu caminho em reportagem da mídia sobre a morte de Evan Chandler. Em vez disso, o suicídio de Chandler é visto como mais uma oportunidade de jogar lama em Michael Jackson e perpetuar os mesmos mitos antigos sobre as alegações de 1993 - particularmente no que diz respeito ao acordo.


As notíciários em todo o mundo estão reportando uma vez mais que em 1994 Jackson pagou aos Chandlers por uma acordo. Isto é total ficção.


Os documentos judiciais da época dizem claramente que a seguradora de Jackson "negociou e pagou o acordo sobre os protestos do Sr. Jackson e seus assessores jurídicos pessoais".


Jackson nem sequer concordou com a resolução, quanto mais pagou.


Entre as publicações que reciclaram esse velho absurdo está o "The Sun", para quem eu dei muitas vezes contribuição como um especialista em Michael Jackson. Fui contactado ontem, e pediram para fornecer informações sobre Evan Chandler e as alegações de 1993, o que fiz. No entanto, nenhuma de minhas informações foram utilizadas - muito provavelmente porque refletem muito bem Jackson. Mitos que implicam culpa de Jackson são, evidentemente, mais importantes do que as verdades que o exoneram.


Notando que o artigo do The Sun sobre o suicídio de Chandler continha várias imprecisões factuais (mais proiminente que Jordan iniciou as alegações de abuso sexual e que Jackson pagou à família uma liquidação) entrei em contato com dois membros do pessoal do jornal - o meu contato habitual e o jornalista que escreveu o artigo. Nenhum e-mail foi respondido e o artigo não foi alterado.


Em outro lugar, o "The Mirror" teve um rank muito mais alto na escala de absurdos na tentativa de retratar Chandler como algum tipo de mártir. "O pai Evan Chandler do caso sexual de Michael Jackson queria justiça, mas acabou destruído", dizia a manchete.


Justiça?


Se Evan Chandler queria justiça, por que ele fez contato com Jackson para pedir um contrato de três roteiros de filme antes de ir à polícia? Se ele queria justiça, por que ele aceitou uma solução com a seguradora de Jackson?


Na verdade, o acordo inclui uma cláusula que afirma que dizia que Evan aceitava o pagamento em vez de um julgamento civil, mas isso não afetaria a capacidade da família em testemunhar em um processo criminal. Portanto, se Evan Chandler queria justiça, por que ele não permitiu que a polícia avançar com a sua investigação?


O título, juntamente com grande parte do artigo, é um disparate.


Tendo tomado da seguradora de Jackson a quantia inferior a $15 milhões (e não os $20 milhões ditos pela imprensa), em 1996 Evan Chandler tentou processar Jackson por mais US $60milhões após afirmar que o disco HIStory da estrela foi uma violação da cláusula de confidencialidade do acordo. Além de tentar processar Jackson, Chandler solicitou que o tribunal lhe permitisse produzir um disco de resposta chamado "EVANstory".


É, isso mesmo.


Então, o homem que o "The Mirror" afirma que apenas tinha "pensamento de justiça" queria lançar um álbum de música sobre o suposto abuso de seu filho pré-adolescente.


O "The Mirror" aludiu ao fato das relações entre Jordan e os seus pais terem sido tensas a partir de 1993, mas colocou a culpa em Jackson, alegando que o trauma do caso os tinham separado.


Na realidade, Jordan Chandler foi ao tribunal quando ele tinha 16 anos e ganhou a emancipação jurídica de ambos os pais. Quando chamado para aparecer no julgamento de Jackson de 2005, ele se recusou a testemunhar contra seu ex-amigo. Se ele tivesse ido, a equipe jurídica de Jackson tinha um número de testemunhas que estavam dispostas a testemunhar que Jordan - que hoje mora em Long Island sob um nome falso - havia dito a eles nos últimos anos que ele odiava seus pais pelo o que o fez dizer em 1993, e que Michael Jackson nunca o havia tocado.


A evidência em torno das alegações de 1993 apóia completamente a inocência de Michael Jackson. É por esta razão que, durante a longa investigação, que continuou por muitos meses antes da seguradora de Jackson ter negociado um acordo, Michael Jackson nunca fora preso e ele nunca foi acusado de qualquer crime.


A evidência sugere esmagadoramente que Evan Chandler planejou as alegações como um esquema para ganhar dinheiro, acreditando que iria ajudá-lo a alcançar seu sonho de trabalhar em Hollywood. Uma fita gravou conversas telefônicas onde se ouve ele dizer que o bem-estar do menino é "irrelevante" e afirma que ele queria tomar de Jackson tudo o que ele merecia.


(Clique em http://www.buttonmonkey.com/misc/maryfischer.html  para o artigo de Maria Fischer na GQ, que contém transcrições dos telefonemas).


A evidência de Mary Fischer mostra que, assim como a falsificação de abuso sexual de seu próprio filho em uma trama de extorsão elaborada, quando Jordan se recusou a jogar junto com Evan este o drogou com substâncias que alteram a mente em uma tentativa de enganá-lo a acreditar que ele foi molestado.


Mas mesmo drogar uma criança como parte de um lote de extorsão não foi o ponto mais baixo de Evan Chandler. Este veio quando ele pediu ao tribunal para lhe permitir lançar um álbum de música sobre o suposto abuso sexual de seu próprio filho.


Se Evan Chandler queria justiça, ele conseguiu há duas semanas.


Quanto à mídia, este último incidente cimenta mais uma vez a relutância quase total da indústria em relatar com precisão e honestidade sobre Michael Jackson, em particular sobre as acusações falsas de abuso sexual que foram feitas contra ele. Nenhuma das informações acima e as provas foi incluído em qualquer artigo sobre o suicídio de Chandler que li até agora, apesar do fato de eu, pessoalmente, tê-las entregues a pelo menos um jornal que já tinha me contratado em outras oportunidades como um perito de Jackson para outras histórias.


Fatos de justificação são negligenciados em favor de mitos eróticos. Um negro humanitário é taxado como um pedófilo e seu chantagista branco é pintado como um mártir.


Quanto à Jordy Chandler, talvez com o seu pai desaparecido, ele encontre a coragem para fazer a coisa honrosa. Talvez ele virá à tona em algum lugar e dirá ao mundo o que ele está dizendo a seus amigos por mais de uma década - que Michael Jackson nunca colocou um dedo sobre ele. Até então, eu suspeito que ele vai viver com o mesmo tormento que parece finalmente atingiu seu pai, desconfiadamente logo após a morte da maior vítima de tudo isso, Michael Jackson.


Charles Thomson é um escritor freelance baseado em Essex. Um especialista em black music, Charles tem contribuído para revistas, incluindo "Mojo" e "Wax Poetics", bem como a edição de sua revista própria, "Jive". Uma autoridade em música soul e funk, Charles apareceu no programa ''Electric Proms Round-Up"em 2006, onde ele foi visto falando com James Brown. Charles desde então tem trabalhado para o "The Sun" como uma especialista em Michael Jackson e foi entrevistado pela Sky News, BBC News 24 e Serviço Mundial da BBC, na noite da morte da estrela.



Link de onde veio este texto:

http://www.reidopop.com/mjbeats/showthread.php/24925-O-suicdio-de-Chandler-mostra-a-propenso-da-imprensa-em-ser-contra-Jackson?p=350145


Felizmente Michael sempre teve pessoas ao seu lado pra "brigarem" de frente com as que sempre estiveram contra.


Michael também sempre teve amigos com os quais contar, pessoas que sempre o defenderam com unhas e dentes, tais como Liz Taylor, Lisa Presley, seus familiares, Macaulay Culkin, entre muitos outros.


Outra amiga que fez uma bela defesa de Michael em uma entrevista a um programa de TV foi Woopy Goldberg. Vale a pena conferir:



Infelizmente não encontrei legendado...

Genteee, vamos treinar o nosso inglês, porque está cada vez mais dificil encontrar vídeos legendados no Youtube, muitas vezes encontramos, mas depois o vídeo simplesmente é deletado "por violação aos termos de uso!".

Bom... está aí, mais do que comprovado, né?

MICHAEL JACKSON NUNCA, JAMAIS, EM TEMPO ALGO MOLESTOU UMA CRIANÇA OU FEZ QUALQUER COISA INDEVIDA COM ALGUMA DELAS.


"Prefiro cortar meus pulsos a fazer mal a uma criança". (Michael Jackson).

THIS IS IT.

* Por favor, espalhem...