segunda-feira, 20 de julho de 2009

Michael: ÚNICO e ABSOLUTO

Por que será que Michael Jackson se destacou nos anos 80, uma década em que surgiram tantos ídolos?

Como todo mundo sabe, Michael despontou nos anos 60, estourou nos 70, se consagrou de vez nos 80 virando o Rei do Pop e conseguiu manter-se no topo nos 90. Depois... Vários acontecimentos em sua vida o fizeram ir meio que “se encolhendo” e agora ele estava querendo muito se “desencolher”. Mas (dizem as más línguas), estava com a saúde abalada demais pra dar conta de tantos shows. O peso da responsabilidade o fez exagerar ainda mais na dose de ensaios e de remédios!...

Seu álbum de maior sucesso foi lançado nos anos 80, o “Thriller”. Naquela década em que ele conquistou de vez o trono e a coroa, surgiram muitos popstars. Mas por que será que nenhum deles jamais conseguiu se igualar ao Michael?

Vejamos... na minha opinião...

Madonna é quem mais costuma ser colocada por alguns sem noção em pé de igualdade (ou quase isso) com Michael Jackson. Mas realmente isso é falta de informação e de bom senso.

Isso requer uma análise um pouco detalhada, vamos lá:

Quando Madonna apenas despontava pro sucesso Michael já era o Rei do Pop. Isso mesmo: ela despontou em 83, estourou em 85, atingiu seu auge em 86 e começava a cair e ser deixada de lado em 88 quando decidiu apelar (ainda mais – e muito mais – do que já apelava antes)!

Bom... os fãs dela, costumam dizer que ela é a “rainha” (no meu ver só se for a rainha do oportunismo) e a mídia de certa forma, até compra a idéia. Mas não é algo espontâneo. Sempre que aparece algum rei, tratam de encontrar uma “rainha”. Como Elvis era o Rei do Rock, cismaram de chamar a Janes Joplin de "rainha" – e ela nem era exatamente uma roqueira. Como Xuxa é a Rainha dos Baxinhos, andaram dizendo que o Sérgio Mallandro (!) era o rei!

Mas... se Madonna está sempre na mídia, vende milhões de discos (vale destacar que bem menos da metade do que Michael já vendeu até hoje e com ela tendo lançado um número muito maior de álbuns e singles do que ele!) e conquistou milhões de fãs pelo mundo por que ela não é digna de ser comparada com Michael Jackson?

Bom... é simples! A palavra-chave: TALENTO. É isso que falta a ela e esse “isso” pra mim diz TUDO sobre um artista. Nunca a vi como um talento genuíno mas como um produto muito bem fabricado pela mídia e pela imensa (e declarada) vontade dela própria de ser famosa a qualquer custo.

Ela não era alguém que manifestava algum tipo de talento natural ou que tivesse um dom ou gosto por uma ou mais artes. Ela não sabia se queria ser cantora, atriz ou modelo fotográfico. Apenas queria chamar atenção e ter fama. Por isso começou a atirar pra todos os lados! Frases dela própria: "Eu não sabia o que ia fazer, mas sabia que queria ser uma estrela", "Talvez seja por insegurança que eu persigo tanto o sucesso", "Quando eu não puder mais usar o corpo pra obter sucesso, aí vou começar a usar a cabeça". E é isso!

Madonna nunca foi boa atriz, sempre teve que fazer uma ginástica vocal danada pra cantar (já que sua voz não é do tipo que flui naturalmente) e como compositora ou instrumentista sempre foi uma boa embromadora!

Se não fossem compositores que fizeram seus maiores hits como Patrick Leonard entre outros, o que seria dela??? Ok, antigamente, mais do que hoje em dia, era comum grandes cantores e cantoras terem aqueles que compunham pra elas. Mas eram GRANDES VOZES. Não eram uma voz-de-Minie-Mouse-levando-uma-surra como é o caso da Madonna.

Seguindo os passos de Michael, Madonna também passou a apresentar coreografias pra suas músicas. Mas até nisso, no meu ver, ela deixava a desejar. Falta criatividade e desenvoltura. Tudo o que ela faz, alguém já fez antes e melhor (e não só em termos de dança, mas de tudo que ela faz).

Madonna se encaixou no materialismo e no visual exageradamente colorido dos anos 80, sim. Mas era isso: muita produção, marketing, visual e compositores antenados com os assuntos que dariam ibope no momento. Quando percebeu que ia cair no esquecimento se não apelasse, ela simplesmente fez do sexo (que sempre esteve presente em seus discos) e de apelações e escândalos premeditados de todo tipo, sua arma pra ficar sempre na mídia.

Enquanto isso, musicalmente ela procurava acompanhar as tendências do momento de acordo com o que o mercado exigia – até techno ela fez! Sem isso, ela teria “acabado” em 88, época do mal sucedido filme/disco “Who’s that girl” (entre outros fiascos cinematográficos).

Por isso e por outras ela deve ser comparada com Brtiney, Spice Girls (com a vantagem de ter sido a primeira a usar essa estratégia), New Kids on The Block, Gretcheen, Kelly Key, Banda Calypso e coisas do gênero. Com Michael Jakcosn jamais! É até blasfêmia uma comparação dessas!!!

Reconheço que ela é obstinada, esforçada e persistente. Mas não VERDADEIRAMENTE talentosa.

E o Prince? Bom... quanto a ele não posso dizer que não tenha talento, porque ele tem e muito. É cantor, compositor, multi-instrumentista, arranjador...

Mas não também não pode ser comparado ao Michael simplesmente porque perde feio em termos de sucesso, originalidade, carisma e criatividade. Também não gosto muito de sua voz, francamente. E ele não tem um repertório tão maravilhoso assim.

Prince, além de ser muito direcionado ao público GLBT (nada contra eles, apenas contra grupos e separações), me soa como alguém sinistro, não sei porquê. Aquela voz, aquele olhar... Me parece um bruxo, não um bruxo do bem, mas um bruxo realmente sombrio.

Cyndi Lauper é outro talento genuíno que estourou nos anos 80. Dela eu sou fã! Adoro mesmo sua voz imensa que percorre a escala musical com uma facilidade raramente vista, alcançando quatro oitavas com facilidade e indo do mais grave ao mais agudo num piscar de olhos.

Suas músicas, seu jeito espontâneo e “doido” no palco, o sentimento que ela coloca nas músicas que canta e/ou compõe, sua aparência exótica, principalmente nos anos 80 e 90... tudo isso faz dela uma “ídola” pra mim.

Diferentemente da Madonna, a Cyndi realmente ENTENDE de música. Ela sempre gostou de música, de cantar (e sabe cantar). Além disso ela só queria fazer o que tinha vontade e não o que o mercado exigia ou esperava que ela fizesse. Então, quando o mercado mudou, ela não acompanhou. Saiu do topo do mundo, da “crista da onda”. Mas seus fãs continuaram (e continuam) a seguindo... faça ela o que fizer.

Outra coisa que ela tem e que eu admiro, além de tudo o que já citei e da inteligência: simpatia e nenhuma pose de estrela.

Mas... embora eu ache a Cyndi um talento raro e especial, ela também não se compara ao Michael. Ele é o único que não precisou mudar com o mercado. Sempre manteve o seu estilo. Inovando, mas mantendo suas bases. E era o mundo que dançava conforme sua música (não o contrário). Só ele e mais ninguém conseguiu isso.

Pra terminar vou citar mais uma mulher (foram muitas estrelas femininas que surgiram ou estouraram nos anos 80): Tina Turner.

Diferentemente das outras duas grandes figuras femininas que já citei aqui, a Tina não surgiu nos anos 80. Mas... foi naquela década que ela estourou e atingiu seu auge. Ela, pra quem não se lembra, era chamada de “Rainha do Pop” e associada ao Michael Jackson – sendo o ícone feminino mais carismático da época, especialmente em 87 e 88 quando ganhou mais destaque do que Madonna e Cyndi Lauper.

Ela tem talento? Sim. Talento e uma voz digamos... diferente. Não bonita, na minha opinião, mas única. Nada contra ela, mas ela está longe de ter um talento que se compare ao do Michael.

Na verdade eu acho que não existe uma rainha pop porque pra existir uma, ela teria que se igualar a ele em termos de fama e principalmente de TALENTO.

Então acredito que ninguém mereça o “título”. Nem mesmo minhas queridas Cyndi Lauper e Alanis Morissette (que estourou nos anos 90 e tem conseguido manter o prestígio e o sucesso)!

Ouros astros e estrelas fizeram muito sucesso nos anos 80, 90 e atualmente. Inclusive a própria irmã do Michael, a Janet Jackson (que também é apontada como a "rainha do pop").

Mas quanto mais atuais, mais descartáveis são os ídolos. Eles são, em sua maioria produtos descartáveis e substituíveis (e vem e vão com cada vez maior rapidez, o que não lhes dá tempo de deixar sua marca do mundo da música e do show buziness)!

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